sábado, 26 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Assembleia da CCB e a Nova Diretoria
A Assembleia da Conferência dos Capuchinhos do Brasil (CCB) começou no dia 14 com a chegada dos Ministros Provinciais, Vice-Provinciais e ecônomos provinciais em Fortaleza - CE. Dirigiram-se, em seguida, para a serrana cidade de Guaramiranga–CE, onde estão acontecendo as reuniões. Nessa Assembleia foi eleita a nova diretoria da CCB e tratados assuntos pertinentes à economia e outros referentes à Conferência. A Assembléia será concluída hoje dia 17.
NOVA DIRETORIA DA CCB
Presidente: Frei Airton Carlos Grigoleto (Prov. de São Paulo)
Vice: Frei Davi Nogueira Barbosa (Prov. de Paraná/ Sta. Catarina)
Tesoureiro: Frei Álvaro Morés (Prov. do Rio Grd. do Sul)
Secretário: Frei Constino Deon (Vice-Prov. do Mato Grosso)
Convento dos Capuchinhos - Guaramiranga-CE
Local da Assembleia
quarta-feira, 16 de março de 2011
Papa Bento XVI faz doação à Conferência Episcopal Japonesa
No último fim de semana, 12 e 13, o papa Bento XVI enviou uma doação de 100 mil dólares à Conferência dos Bispos Católicos do Japão. A doação tem o intuito de ajudar as vítimas do terremoto e do tsunami que devastou a ilha na sexta-feira, 11 de março.
Dom Anthony Figueiredo, do Pontifício Conselho Cor Unum, encarregado das obras de caridade do Vaticano, falou à Rádio Vaticano que este dicastério trabalha de perto com os bispos japoneses, com a rede da Cáritas Internationalis e outras organizações de ajuda para determinar a melhor forma de responder às necessidades dos habitantes do Japão.
O bispo disse que o ocorrido no Japão é “uma grande tragédia” que se soma ao tsunami de 2004 na Ásia, o terremoto e as inundações no Paquistão e o devastador terremoto do Haiti em janeiro de 2010. “O que devemos fazer é rezar para que estas pessoas tenham esperança”, ressaltou.
“Obviamente é necessária uma ajuda material e concreta. O Santo Padre enviou através deste Pontifício Conselho a quantia de 100 mil dólares à Conferência dos Bispos porque esta é a forma mais rápida que os recursos chegam as dioceses mais afetadas. Além disso, os bispos são os primeiros responsáveis pelas obras de caridade nas dioceses e eles conhecem as necessidades do povo”, disse dom Anthony Figueiredo.
Qua, 16 de Março de 2011 09:15 cnbb Atualizado - Qua, 16 de Março de 2011 09:22
terça-feira, 15 de março de 2011
| |
RELEASE Comissão Bíblico-Catequética da CNBB realiza 5º Seminário Nacional de Catequese junto à Pessoa com Deficiência Com o tema “A Igreja e a Pessoa com Deficiência”, a Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai realizar entre os dias 25 a 27 de março, o V Seminário Nacional de Catequese junto à Pessoa com Deficiência. O evento acontece no Centro de Pastoral Santa Fé, em São Paulo (SP). Participarão do evento, catequistas, e profissionais que trabalham com pessoas deficientes: psicólogos, pedagogos, psicopedagogos; como também bispos, religiosos, padres e leigos. A assessora do Setor Bíblico-Catequético da CNBB, irmã Zélia Maria Batista, afirmou que um dos objetivos do Seminário é resgatar a reflexão e propostas da Campanha da Fraternidade 2006, “Fraternidade e a Pessoa com Deficiência”. “Queremos, a partir deste V Seminário, resgatar as propostas da CF-2006 que tratou das pessoas com deficiência. Vamos discutir os avanços da Igreja junto a essas pessoas e em quais pontos falta avançar, pois nós percebemos que existe ainda falta de formação de catequistas para acolher as diversas deficiências”, antecipou irmã Zélia. A assessora afirmou ainda que o Seminário se propõe a animar, orientar e articular as ações bíblico-catequéticas desenvolvidas junto às pessoas com deficiência nos regionais da CNBB. Terá seus desdobramentos com a publicação de um DVD com um roteiro pastoral sobre como trabalhar com pessoas com deficiência. “O Seminário vai ser desdobrado nas bases da Igreja por meio das comunidades, paróquias e dioceses espalhadas pelo Brasil. Um DVD com orientações pastorais está sendo pensado para dar continuidade ao projeto”, garantiu a assessora. O primeiro passo a ser conquistado para evangelizar os deficientes, segundo irmã Zélia, é saber acolhê-lo na comunidade. “As pessoas ainda não sabem o que fazer com a pessoa com deficiência e, às vezes, é preciso atitudes muito simples: o gesto de uma acolhida faz a diferença, mas é preciso, mais do que isso, preparação dos catequistas. É para isso que estamos organizando este Seminário, para que depois ele tenha seus desdobramentos nas comunidades e dioceses do Brasil”, frisou a religiosa. Catequese para pessoas com deficiência “Levanta-te e anda” (At, 3,6). O lema do Seminário é tirado do livro dos Atos dos Apóstolos e tem por objetivo mudar a situação das pessoas com deficiência a partir do convite à participação e o agir. O lema convida a sociedade a não fazer dos deficientes “coitadinhos”, mas ultrapassar as barreiras do preconceito e transformar essas pessoas em protagonistas. Para isso, o Seminário contará com palestras proferidas por pessoas com deficiência que vivem no dia a dia as dificuldades e obstáculos impostos pelos afazeres diários como também pelo preconceito instaurado na sociedade moderna. O lema do evento é um “imperativo com muitos significados: sair do conforto, curar a dor e agir, mudar a situação”. |
quinta-feira, 10 de março de 2011
Qui, 10 de Março de 2011 09:08 cnbb
O papa Bento XVI, na missa que presidiu ontem, em Roma, lembrou o sentido da quaresma, que não deve ser entendido como tempo de tristeza. Segundo o papa, a quaresma é dom precioso de Deus e "é o itinerário em direção à Páscoa do Senhor".
Caros irmãos e irmãs iniciamos hoje o tempo litúrgico da Quaresma com o sugestivo rito da imposição das cinzas, mediante o qual queremos assumir o compromisso de converter o nosso coração aos horizontes da Graça. Geralmente, na opinião comum, este tempo corre o risco de ser caracterizado pela tristeza, pela insipidez da vida. Ao invés, ele é dom precioso de Deus, é tempo forte e denso de significados no caminho da Igreja, é o itinerário em direção à Páscoa do Senhor. As leituras bíblicas da celebração de hoje nos oferecem indicações para viver plenamente essa experiência espiritual.
"Retornai a mim de todo vosso coração" (Jl 2, 12). Na primeira Leitura, extraída do livro do profeta Joel, ouvimos essas palavras com as quais Deus convida o povo judeu a um arrependimento sincero e não aparente. Não se trata de uma conversão superficial e transitória, mas de um itinerário espiritual que concerne em profundidade às atitudes da consciência e supõe um sincero propósito de revisão. O profeta parte da chaga da invasão de gafanhotos que se abatera sobre o povo destruindo a colheita, para convidar a uma penitência interior, a lacerar o coração e não as vestes (cfr 2, 13). Ou seja, trata-se de assumir uma atitude de conversão autêntica a Deus – retornar a Ele – reconhecendo a sua santidade, a sua potência, a sua magestade. E essa conversão é possível porque Deus é rico de misericórdia e grande no amor. A sua misericórdia é uma misericórdia regeneradora, que cria em nós um coração puro, renova no íntimo um espírito firme, restituindo-nos a alegria da salvação (cfr Sal 50, 14). De fato, Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva (cfr Ez 33, 11). Assim o profeta Joel ordena, em nome do Senhor, que se crie um ambiente penitencial propício: é preciso tocar a trombeta, convocar a reunião, despertar as consciências. O período quaresmal propõe-nos esse âmbito litúrgico e penitencial: um caminho de quarenta dias no qual experimentar de modo eficaz o amor misericordioso de Deus. Hoje ressoa para nós o apelo "retornai a mim de todo vosso coração"; hoje somos nós a sermos chamados a converter o nosso coração a Deus, conscientes sempre de não podermos realizar a nossa conversão sozinhos, somente com as nossas forças, porque é Deus que nos converte. Ele nos oferece mais uma vez o seu perdão, convidando-nos a nos voltarmos a Ele para dar-nos um coração novo, purificado do mal que o oprime, para fazer-nos partícipe de sua alegria. O nosso mundo precisa ser convertido por Deus, precisa de seu perdão, de seu amor, precisa de um coração novo.
"Deixai-vos reconciliar com Deus" (2 Cor 5,20). Na segunda Leitura São Paulo oferece-nos outro elemento no caminho da conversão. O Apóstolo convida a deixar de fixar o olhar nele e, ao invés, a voltar a atenção para quem o enviou e para o conteúdo da mensagem que traz: "Portanto, em nome de Cristo somos embaixadores: por nosso meio é Deus mesmo que exorta. Suplicamo-vos em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus (ibid). Um embaixador repete aquilo que ouviu pronunciar o seu Senhor e fala com a autoridade e nos limites em que a recebeu. Quem desempenha o ofício de embaixador não deve atrair o interesse sobre si mesmo, mas deve colocar-se a serviço da mensagem a ser transmitida e de quem a mandou. Assim age São Paulo na realização de seu ministério de pregador da Palavra de Deus e de Apóstolo de Jesus Cristo. Ele não se subtrai à tarefa recebida, mas a assume com dedicação total, convidando a abrir-se à Graça, a deixar que Deus nos converta: "Porque somos seus colaboradores – escreve – exortamo-vos ainda a que não recebais a graça de Deus em vão" (2 Cor 6,1). "O apelo de Cristo à conversão – diz-nos o Catecismo da Igreja Católica – continua ressoando na vida dos cristãos. (...) é um empenho contínuo para toda a Igreja que "abarca em seu seio os pecadores" e que, "santa, ao mesmo tempo, e sempre necessitada de purificação, incessantemente recorre à penitência e à sua renovação". Esse esforço de conversão não é somente uma obra humana. É o dinamismo do "coração contrito" (Sal 51,19), atraído e movido pela graça a responder ao amor misericordioso de Deus que nos amou por primeiro" (n. 1428). São Paulo fala aos cristãos de Corinto, mas através deles quer dirigir-se a todos os homens. De fato, todos precisam da graça de Deus, que ilumine a mente e o coração. E o Apóstolo profere: "Eis agora o tempo favorável por excelência, eis agora o dia da salvação!" (2 Cor 6,2). Todos podem abrir-se à ação de Deus, a seu amor; com o nosso testemunho evangélico, nós cristãos devemos ser um mensageiro vivo, aliás, em muitos casos somos o único Evangelho que os homens de hoje leem ainda. Eis a nossa responsabilidade nas pegadas de São Paulo, eis um motivo a mais para viver bem a Quaresma: oferecer o testemunho da fé vivida a um mundo em dificuldade que precisa retornar a Deus, que precisa de conversão.
"Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles" (Mt 6,1). Jesus, no Evangelho de hoje, relê as três obras fundamentais de piedade prescritas pela lei mosaica. A esmola, a oração e o jejum caracterizam o judeu observante da lei. Durante o tempo, essas prescrições foram atingidas pela ferrugem do formalismo exterior, ou até mesmo se transformaram num sinal de superioridade. Jesus evidencia nessas três obras de piedade uma tentação comum. Quando se faz algo de bom, quase instintivamente nasce o desejo de ser estimados e admirados pela boa ação, ou seja, de ter uma satisfação. E isso, de um lado, faz-se fechar-se em si mesmo, de outro, leva para fora de si mesmo, porque se vive projetado àquilo que os outros pensam de nós e admiram em nós. Ao repropor essas prescrições, o Senhor Jesus não pede um respeito formal a uma lei estranha ao homem, imposta por um legislador severo como fardo pesado, mas convida a redescobrir essas três obras de piedade vivendo-as de modo mais profundo, não por amor próprio, mas por amor a Deus, como meios no caminho de conversão a Ele. Esmola, oração e jejum: é o traçado da pedagogia divina que nos acompanha, não somente na Quaresma, em direção ao encontro com o Senhor Ressuscitado; um traçado a ser percorrido sem ostentação, na certeza de que o Pai celeste sabe ler e ver também no segredo do nosso coração.
Caros irmãos e irmãs, iniciemos confiantes e alegres o itinerário quaresmal. Quarenta dias nos separam da Páscoa; esse tempo "forte" do ano litúrgico é um tempo propício que nos é dado para esperar, com maior empenho, a nossa conversão, para intensificar a escuta da Palavra de Deus, a oração e a penitência, abrindo o coração ao dócil acolhimento da vontade divina, para uma prática mais generosa da mortificação, graças à qual voltar-se mais largamente em ajuda ao próximo necessitado: um itinerário espiritual que nos prepara a reviver o Mistério pascal.
Maria, nossa guia no caminho quaresmal, conduza-nos a um conhecimento sempre mais profundo de Cristo, morto e ressuscitado, ajude-nos no combate espiritual contra o pecado, nos auxilie ao invocar com força: Converte nos, Deus salutaris noster - Convertei-nos a Vós, ó Deus, nossa salvação. Amém!
"Retornai a mim de todo vosso coração" (Jl 2, 12). Na primeira Leitura, extraída do livro do profeta Joel, ouvimos essas palavras com as quais Deus convida o povo judeu a um arrependimento sincero e não aparente. Não se trata de uma conversão superficial e transitória, mas de um itinerário espiritual que concerne em profundidade às atitudes da consciência e supõe um sincero propósito de revisão. O profeta parte da chaga da invasão de gafanhotos que se abatera sobre o povo destruindo a colheita, para convidar a uma penitência interior, a lacerar o coração e não as vestes (cfr 2, 13). Ou seja, trata-se de assumir uma atitude de conversão autêntica a Deus – retornar a Ele – reconhecendo a sua santidade, a sua potência, a sua magestade. E essa conversão é possível porque Deus é rico de misericórdia e grande no amor. A sua misericórdia é uma misericórdia regeneradora, que cria em nós um coração puro, renova no íntimo um espírito firme, restituindo-nos a alegria da salvação (cfr Sal 50, 14). De fato, Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva (cfr Ez 33, 11). Assim o profeta Joel ordena, em nome do Senhor, que se crie um ambiente penitencial propício: é preciso tocar a trombeta, convocar a reunião, despertar as consciências. O período quaresmal propõe-nos esse âmbito litúrgico e penitencial: um caminho de quarenta dias no qual experimentar de modo eficaz o amor misericordioso de Deus. Hoje ressoa para nós o apelo "retornai a mim de todo vosso coração"; hoje somos nós a sermos chamados a converter o nosso coração a Deus, conscientes sempre de não podermos realizar a nossa conversão sozinhos, somente com as nossas forças, porque é Deus que nos converte. Ele nos oferece mais uma vez o seu perdão, convidando-nos a nos voltarmos a Ele para dar-nos um coração novo, purificado do mal que o oprime, para fazer-nos partícipe de sua alegria. O nosso mundo precisa ser convertido por Deus, precisa de seu perdão, de seu amor, precisa de um coração novo.
"Deixai-vos reconciliar com Deus" (2 Cor 5,20). Na segunda Leitura São Paulo oferece-nos outro elemento no caminho da conversão. O Apóstolo convida a deixar de fixar o olhar nele e, ao invés, a voltar a atenção para quem o enviou e para o conteúdo da mensagem que traz: "Portanto, em nome de Cristo somos embaixadores: por nosso meio é Deus mesmo que exorta. Suplicamo-vos em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus (ibid). Um embaixador repete aquilo que ouviu pronunciar o seu Senhor e fala com a autoridade e nos limites em que a recebeu. Quem desempenha o ofício de embaixador não deve atrair o interesse sobre si mesmo, mas deve colocar-se a serviço da mensagem a ser transmitida e de quem a mandou. Assim age São Paulo na realização de seu ministério de pregador da Palavra de Deus e de Apóstolo de Jesus Cristo. Ele não se subtrai à tarefa recebida, mas a assume com dedicação total, convidando a abrir-se à Graça, a deixar que Deus nos converta: "Porque somos seus colaboradores – escreve – exortamo-vos ainda a que não recebais a graça de Deus em vão" (2 Cor 6,1). "O apelo de Cristo à conversão – diz-nos o Catecismo da Igreja Católica – continua ressoando na vida dos cristãos. (...) é um empenho contínuo para toda a Igreja que "abarca em seu seio os pecadores" e que, "santa, ao mesmo tempo, e sempre necessitada de purificação, incessantemente recorre à penitência e à sua renovação". Esse esforço de conversão não é somente uma obra humana. É o dinamismo do "coração contrito" (Sal 51,19), atraído e movido pela graça a responder ao amor misericordioso de Deus que nos amou por primeiro" (n. 1428). São Paulo fala aos cristãos de Corinto, mas através deles quer dirigir-se a todos os homens. De fato, todos precisam da graça de Deus, que ilumine a mente e o coração. E o Apóstolo profere: "Eis agora o tempo favorável por excelência, eis agora o dia da salvação!" (2 Cor 6,2). Todos podem abrir-se à ação de Deus, a seu amor; com o nosso testemunho evangélico, nós cristãos devemos ser um mensageiro vivo, aliás, em muitos casos somos o único Evangelho que os homens de hoje leem ainda. Eis a nossa responsabilidade nas pegadas de São Paulo, eis um motivo a mais para viver bem a Quaresma: oferecer o testemunho da fé vivida a um mundo em dificuldade que precisa retornar a Deus, que precisa de conversão.
"Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles" (Mt 6,1). Jesus, no Evangelho de hoje, relê as três obras fundamentais de piedade prescritas pela lei mosaica. A esmola, a oração e o jejum caracterizam o judeu observante da lei. Durante o tempo, essas prescrições foram atingidas pela ferrugem do formalismo exterior, ou até mesmo se transformaram num sinal de superioridade. Jesus evidencia nessas três obras de piedade uma tentação comum. Quando se faz algo de bom, quase instintivamente nasce o desejo de ser estimados e admirados pela boa ação, ou seja, de ter uma satisfação. E isso, de um lado, faz-se fechar-se em si mesmo, de outro, leva para fora de si mesmo, porque se vive projetado àquilo que os outros pensam de nós e admiram em nós. Ao repropor essas prescrições, o Senhor Jesus não pede um respeito formal a uma lei estranha ao homem, imposta por um legislador severo como fardo pesado, mas convida a redescobrir essas três obras de piedade vivendo-as de modo mais profundo, não por amor próprio, mas por amor a Deus, como meios no caminho de conversão a Ele. Esmola, oração e jejum: é o traçado da pedagogia divina que nos acompanha, não somente na Quaresma, em direção ao encontro com o Senhor Ressuscitado; um traçado a ser percorrido sem ostentação, na certeza de que o Pai celeste sabe ler e ver também no segredo do nosso coração.
Caros irmãos e irmãs, iniciemos confiantes e alegres o itinerário quaresmal. Quarenta dias nos separam da Páscoa; esse tempo "forte" do ano litúrgico é um tempo propício que nos é dado para esperar, com maior empenho, a nossa conversão, para intensificar a escuta da Palavra de Deus, a oração e a penitência, abrindo o coração ao dócil acolhimento da vontade divina, para uma prática mais generosa da mortificação, graças à qual voltar-se mais largamente em ajuda ao próximo necessitado: um itinerário espiritual que nos prepara a reviver o Mistério pascal.
Maria, nossa guia no caminho quaresmal, conduza-nos a um conhecimento sempre mais profundo de Cristo, morto e ressuscitado, ajude-nos no combate espiritual contra o pecado, nos auxilie ao invocar com força: Converte nos, Deus salutaris noster - Convertei-nos a Vós, ó Deus, nossa salvação. Amém!
quarta-feira, 9 de março de 2011
Mensagem do Papa Bento XVI p/ a Quaresma 2011
A partir da quarta-feira de cinzas, dia 9 de março, a Igreja inicia o tempo da Quaresma, em preparação à Páscoa. O papa Bento XVI divulgou na manhã de hoje, terça-feira, 22, a Mensagem para Quaresma 2011. Na mensagem, o papa cita a importância do Batismo na vida do cristão e a Quaresma, como ocasião para essa reflexão. “Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva”, diz Bento XVI, num dos trechos da mensagem. O Papa ressalta a relevância do Batismo como sendo uma atual fonte de conversão: “O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo”. No texto, o papa afirma ainda a importância da palavra de Deus como direção para viver “com o devido empenho este tempo litúrgico precioso. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus?”. “Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo”, assim termina a mensagem do papa Bento XVI para a Quaresma 2011.
PROVINCIA DO NORDESTE.
sexta-feira, 4 de março de 2011
CNBB abre Campanha da Fraternidade na Quarta-feira de Cinzas Na próxima quarta-feira, 9, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente a Campanha da Fraternidade 2011 (CF), que tem por tema: “Fraternidade e a Vida no Planeta” e lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). O ato de lançamento nacional, aberto à imprensa, acontece no auditório Dom Helder Câmara, na sede da CNBB, em Brasília, às 14h30, e será presidido pelo secretário geral da Conferência dos Bispos, dom Dimas Lara Barbosa. A programação será bastante objetiva, iniciando com a apresentação da mensagem do papa Bento XVI, saudando a Campanha. Em seguida, o secretário executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias, exporá os objetivos da Campanha, bem como a dinâmica de sua realização nas dioceses, paróquias e comunidades do país. O secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, encerra o ato falando sobre as expectativas da Igreja com a Campanha. Terminada a cerimônia, dom Dimas atende os jornalistas, numa coletiva de imprensa. Esta é a 47ª Campanha da Fraternidade desde que foi criada em 1964. A conscientização sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas está entre os principais objetivos da Campanha. A busca de ações que preservem a vida no planeta é outra meta da CF. Com 124 páginas e dividido em quatro partes, o texto-base, carro-chefe da CF, apresenta o conteúdo a ser discutido ao longo da Campanha. Na primeira, faz uma análise da realidade procurando estabelecer as causas do aquecimento global e das mudanças climáticas. Toca na relação que há entre o aquecimento global e as atividades humanas; questiona o modelo energético do país; denuncia o desmatamento e as queimadas, responsáveis por 50% da emissão de gases de efeito estufa no Brasil; interpela o agronegócio e o atual modelo de desenvolvimento. A Campanha vai alertar, ainda, para a ameaça à biodiversidade e para o risco da escassez de água no planeta. A segunda parte do texto-base busca na bíblia, na teologia e na palavra da Igreja a fundamentação do tema e do lema da CF. Já na terceira parte, aponta diversas atitudes que podem ser tomadas por pessoas, comunidades, governo, empresas e instituições, com o objetivo de preservar a vida no planeta terra. Para o secretário geral da CNBB, a Igreja é motivada pela fé quando discute temas como o proposto pela CF deste ano. “A fé nos torna específicos numa discussão como essa. A nossa fundamentação é teológica e se baseia no próprio projeto de Deus para com a criação e para com o ser humano”, explica dom Dimas. “A ecologia humana é um tema fundamental trazido pelo papa João Paulo II e, depois, por Bento XVI. De acordo com o papa, o centro do universo está na pessoa humana e, muitas vezes, as políticas públicas não levam em conta esses dois pontos, principalmente as pessoas mais vulneráveis, os mais pobres”, acrescenta. O secretário executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias, diz que a preocupação da Igreja com o meio ambiente está ligada à sua missão de defender a vida. “A Igreja demonstra suas preocupações com o estado de nosso planeta, que precisa de cuidados para que continue a oferecer as condições necessárias para a vida nele instalada”, disse o secretário. Esta não é a primeira vez que a CF aborda o tema meio ambiente. Em 1979, a Campanha discutiu o tema “Por um mundo mais humano – Preserve o que é de todos”; em 2004, “Fraternidade e Água – Água, fonte de vida”; e, em 2007, a Amazônia foi lembrada: “Fraternidade e Amazônia – vida e missão neste chão”. Serviços Coletiva de imprensa - Abertura da Campanha da Fraternidade 2011, “Fraternidade e a Vida no Planeta” . Data: Dia 9 de Março de 2011 Horário: 14h30 Local: Auditório Dom Helder Câmara – Sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), SE/SUL - Quadra 801 Conj. B - Brasília (DF). Contatos: Assessoria de Imprensa da CNBB – (61) 2103-8313 / 8119-3762 |
SE/Sul - Q. 801 - Conj. “B” - CEP 70401-900 - Caixa Postal 02067 - CEP 70259-970 - Brasília-DF - Brasil - Fone: (61) 2103-8300/2103-8200 - Fax: (61) 2103-8303 E-mail: imprensa@cnbb.org.br — Site: www.cnbb.org.br |
quarta-feira, 2 de março de 2011
Livro do papa diz que judeus não têm culpa pela morte de Cristo
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Em um novo livro, o papa Bento 16 exime pessoalmente os judeus das acusações de que foram responsáveis pela morte de Jesus Cristo, repudiando o conceito de culpa coletiva que tem assombrado há séculos as relações entre cristãos e judeus.
O papa faz a complexa avaliação teológica e bíblica numa seção do segundo volume do livro 'Jesus de Nazaré', que será publicado na semana que vem. O Vaticano divulgou trechos breves nesta quarta-feira.
A Igreja Católica Romana oficialmente repudiou a idéia da culpa coletiva judaica pela morte de Cristo em um importante documento produzido pelo Segundo Concílio do Vaticano em 1965.
Acredita-se que seja a primeira vez que um papa tenha feito uma análise tão detalhada e uma comparação entre os vários relatos do Novo Testamento sobre a condenação de Jesus à morte pelo governador romano Pôncio Pilatos.
'Agora precisamos perguntar: quais foram exatamente os acusadores de Jesus?', questiona o papa, acrescentando que o Evangelho de São João diz apenas que foram 'os judeus'.
'Mas o uso dessa expressão por João não indica de forma alguma - como o leitor moderno poderá supor - o povo de Israel em geral, menos ainda tem um caráter 'racista'', escreve ele.
'Afinal, o próprio João era etnicamente judeu, assim como Jesus e todos os seus seguidores. A comunidade cristã antiga inteira era formada por judeus', escreve ele.
Bento 16 diz que a referência era à 'aristocracia do Templo', que queria Jesus condenado à morte porque ele havia se declarado rei dos judeus e violara a lei religiosa judaica.
Ele conclui que o 'grupo real de acusadores' foram as autoridades do Templo e não todos os judeus da época.
Elan Steinberg, vice-presidente da Reunião Americana de Sobreviventes do Holocausto e de seus Descendentes, saudou as palavras do papa.
'Esse é um avanço importante. É o repúdio pessoal ao fundamento teológico de séculos de antissemitismo', disse ele à Reuters.
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Em um novo livro, o papa Bento 16 exime pessoalmente os judeus das acusações de que foram responsáveis pela morte de Jesus Cristo, repudiando o conceito de culpa coletiva que tem assombrado há séculos as relações entre cristãos e judeus.
O papa faz a complexa avaliação teológica e bíblica numa seção do segundo volume do livro 'Jesus de Nazaré', que será publicado na semana que vem. O Vaticano divulgou trechos breves nesta quarta-feira.
A Igreja Católica Romana oficialmente repudiou a idéia da culpa coletiva judaica pela morte de Cristo em um importante documento produzido pelo Segundo Concílio do Vaticano em 1965.
Acredita-se que seja a primeira vez que um papa tenha feito uma análise tão detalhada e uma comparação entre os vários relatos do Novo Testamento sobre a condenação de Jesus à morte pelo governador romano Pôncio Pilatos.
'Agora precisamos perguntar: quais foram exatamente os acusadores de Jesus?', questiona o papa, acrescentando que o Evangelho de São João diz apenas que foram 'os judeus'.
'Mas o uso dessa expressão por João não indica de forma alguma - como o leitor moderno poderá supor - o povo de Israel em geral, menos ainda tem um caráter 'racista'', escreve ele.
'Afinal, o próprio João era etnicamente judeu, assim como Jesus e todos os seus seguidores. A comunidade cristã antiga inteira era formada por judeus', escreve ele.
Bento 16 diz que a referência era à 'aristocracia do Templo', que queria Jesus condenado à morte porque ele havia se declarado rei dos judeus e violara a lei religiosa judaica.
Ele conclui que o 'grupo real de acusadores' foram as autoridades do Templo e não todos os judeus da época.
Elan Steinberg, vice-presidente da Reunião Americana de Sobreviventes do Holocausto e de seus Descendentes, saudou as palavras do papa.
'Esse é um avanço importante. É o repúdio pessoal ao fundamento teológico de séculos de antissemitismo', disse ele à Reuters.
Saudades como é bom viver-las
Ao voltar o passado o ser humano relembra muitas coisas boas que já viveram daí se percebe como o tempo passa e os momentos bons ficam nas saudades. Daí podemos nos questionar: o que é saudades? Talvez não tenhamos ou tenhamos mil respostas para definir saudades, mas de modo simples contarei um caso que me aconteceu e uma resposta simples mais de grande profundidade.
Um dia ao numa visita a uma escola de crianças me deparei com uma criança chorando muito, que não queria ninguém só a mãe dele. As professoras já haviam feito de tudo para ele parar de chorar, mas o menino não parava. Então resolvi me aproximar daquela criança buscando dialogar com ele. No primeiro momento ele não parava de chorar aí resolvi puxar conversa, comecei a perguntar a ele porque ele tava chorando tanto? Ele me respondeu que estava com saudades. Insistir mas um pouco e perguntei o que é saudades? Numa resposta simples e sincera ele olhou para mim com olhos cheio de lagrimas e me disse: “É vontade dever de novo”. Saudades é esta vontade de ver de novo e isto acontece porque só a sentimos porque é bom. Imagino a saudades do homem por Deus, pela vida, pelo amor. Como queríamos ver de novo nossos amores, nossos bons momentos, nossas intimidades com Deus. Como é bom ver de novo, porque revivemos em nós essência e a importância das pessoas em nossas vidas, como aquela criança que queria a mãe, assim também muitas vezes sentimos saudades de Deus.
Enfim saudades é um dos momentos essenciais da vida do ser humano e é bom que sintamos para pudermos valorizar mais a vida e entender que cada ser humano é um presente de Deus para nós e que Deus esta sempre conosco basta olha onde você o deixou e convida-o para participar da sua vida.
Frei Rafael da Silva Oliveira. OFM.Cap.
Assinar:
Postagens (Atom)