sexta-feira, 6 de maio de 2011

Catequese conjugal

Artigos

05/05/2011
Pe. Léo, SCJ
A sexualidade só pode ser corretamente compreendida dentro do plano de Deus
Se a sexualidade é tão linda e fruto da explícita vontade de Deus, por que temos tantos problemas em sua vivência? Por que tantos estragos e tantas frustrações?
A grande maioria das pessoas não recebeu uma correta e sadia educação sexual. Aliás, a visão da sexualidade é terrivelmente deturpada pelos meios de comunicação e até pelo modo como é tratada nas escolas.
Com tudo aquilo que se aprende sobre a sexualidade, o sexo acaba sendo visto e vivido como um fim em si mesmo em vez de ser assumido e vivido como um grande caminho de amor e doação. A sexualidade é transformada em genitalidade, em prazer por prazer. A vida sexual ou se transforma num poderoso instrumento de cura e restauração na vida do casal, ou, mais dia, menos dia, se transformará num motivo de desilusão e até de separação e, pior do que isso, numa fonte permanente de doenças, tristezas, angústias e depressões.
Precisamos compreender o sexo como algo bonito e querido por Deus. No plano de Deus o sexo é desejado, belo, santo, santificador, fonte de vida, canal de graça e de benção, manancial e alimento da verdadeira alegria. Um dos grandes pecados que cometemos é viver ou enxergar o sexo como uma coisa, fonte de malícia e impureza, feia, proibida e pecaminosa.
Jesus, citando o texto do Gênesis, afirma que o homem deixará sua família e seu mundo para se unir à sua mulher, e os dois formarão uma só carne (cf. Mt 19,5).
É interessante que Jesus continue usando o verbo no futuro: "formarão". Esse é um projeto para a vida toda. Nunca acabado. É um aprendizado constante e permanente. Homem e mulher precisam ir aprendendo a se tornar uma só carne.
O grande mestre nesse aprendizado é o próprio Deus. Foi Ele quem planejou tudo. Só que, para Deus poder ensinar o casal, é preciso reconhecer que muito do que se sabe é fruto de aprendizagem errada ou condicionamento estragado.
A visão errada da sexualidade passa também pelo falso romantismo dos filmes que sugerem que sexo é naturalmente fácil e espontâneo, algo mágico. Assim, muitos acabam fingindo que sabem, pois não experimentam todo esse romantismo.
Outra coisa terrível que precisa ser combatida é a vulgarização da sexualidade através da exposição da intimidade das pessoas. Fotografias, internet, filmes, livros, novelas... com muita facilidade as pessoas se expõem e expõem a vida íntima que têm ou que já tiveram com alguém. Deus pensou a sexualidade como lugar de companheirismo. Não é bom que o homem esteja só.
A sexualidade só pode ser corretamente compreendida dentro do plano de Deus. Quando se exclui Deus da sexualidade, o sexo se transforma num vício, igual ou pior do que tantos outros. Os efeitos desse distúrbio são bem conhecidos de todos nós.
As conseqüências do pecado humano se manifestam de modo muito palpável na vivência da sexualidade.
Livro Sede Fecundos Pe Léo SJC

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